domingo, 25 de fevereiro de 2007

Ansiosidade...

Amanhã começa...

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

2006

Resolvi fazer uma retrospectiva de 2006.

No começo de Janeiro, eu me encontrava com uma amiga do colégio (já haviamos terminado o 3º colegial). Juntas, estudávamos para o vestibular da Cásper Líbero (Jornalismo). Bom, não passamos... Ela se matriculou no Objetivo e eu no Etapa.
Mas revendo minhas visões para o futuro, percebi que não era bem Jornalismo que eu queria cursar. Depois de pesquisar, coletar dados e ponderar bastante, escolhi Letras como minha graduação.

Começo de cursinho é aquela mesma coisa de sempre:

- Você promete estudar e se esforçar ao máximo;
- Você até consegue deixar a matéria em dia;
- Sua mãe fica surpresa em te ver estudando.

Depois o trem descarrilha, o bote afunda, não preciso detalhar.

Bom, matriculei-me numa sala de Biológicas, pois é mais puxado e ninguém ali quer perder tempo com bobagens. Tive receio quando vi que as salas de Humanidades tinham quatro aulas de História por semana e eu só tinha duas, mas mesmo assim, continuei na Bio. Afinal, de que adianta não passar da primeira fase? Eu tinha que reforçar os estudos nas matérias que tinha dificuldade. E foi isso que fiz.

Durante o ano, recusei vários cineminhas, inúmeras baladas e incontáveis vagabundagens. Não, eu não me isolei como um ermitão, mas evitei ao máximo virar a noite para nao mexer com meu relógio natural, ou fazer qualquer coisa que cansasse demais. Não poderia chegar no cursinho e dormir, ele foi um investimento, uma chance de prestar um vestibular bem preparada, tudo dependia da minha atuação e eu levei à sério, como deveria ser feito.

Fiz novos amigos, aprendi a me apaixonar por novos assuntos, vi que estudar era prazeroso. Era bom ter um monte de pessoas na mesma situação que a minha. Quando eu sentia aquela vontade de mandar tudo às favas, sempre tinha alguém para me animar. Quando eu tinha vontade de gritar, sempre tinha alguém disposto a gritar comigo. Quando eu tinha vontade de matar aula, sempre tinha alguém disposto a matar comigo. E vice-versa.

Em Agosto fiz o ENEM... Mesmo tomando muito cuidado, acabei adoecendo e fiz a prova à muito custo. Doente MESMO. Cheguei a cochilar durante a prova, de tão mal. Não aguentei e não fiz a redação, voltei para casa. Não iria precisar da redação, mesmo.

Eu até que estava lidando muito bem com aquilo tudo, até que em Setembro, minha mãe foi para o Japão à trabalho (Meu pai e irmã já estão lá há 3 anos), e toda a responsabilidade administrativa-financeira ficou em minhas mãos (caçula de 4 filhos, mas definitivamente a mais responsável, infelizmente). Nada complicado, mas além do cursinho, eu tinha então que ir ao banco, fazer as compras, cuidar das contas, pensar à frente. Virar uma mãe. Perdi tardes de estudo com isso, mas não criei caso. Eu tinha que fazer aquilo de qualquer modo, aprendi a lidar com isso. Eu já estava perdendo tempo com as novas tarefas, não poderia perder mais tempo choramingando. Ocasionalmente eu dava uns surtos... Válvula de escape muito comum para mim. Funcionava.

Nessa mesma época começaram as inscrições para as universidades. Eu já sabia que não tinha outra opção a não ser a USP. Letras/Japonês da UNESP em Assis, não iria dar certo. Não tenho dinheiro para me sustentar em outra cidade, se tivesse, faria alguma universidade paga aqui em São Paulo mesmo. Em momentos como:
- Você vai prestar o quê?
- Fuvest.
- Só?! - olhar de indignação
- Bom, só tenho essa escolha.
Eu não me sentia tão mal. Afinal, era meu last resort.

Conforme Novembro se aproximava, as salas de estudo do cursinho iam enchendo e, ao mesmo tempo, silenciando. A tensão crescia mais e mais. Mas não dava para desanimar, quase um ano se dedicando para morrer na praia era impensável. Começaram as apostas: Quais notas de corte iam subir, quais iam cair, quem passará, quem não passará. Aquelas coisas que só vestibulandos pensam.

Chegou o dia. 26 de Novembro de 2006. Fuvest. Acordei, segui minha rotina, chequei se não havia esquecido nada. Caneta, lapiseira, borracha, relógio da vó, celular, RG, papel da inscrição que eles nunca pedem, etc. O local de prova lotado, todos com aquele olhar de pânico e eu só dando risada. Eu tinha que intimidar, né? Com essa cara de japonesa nerd que eu tenho, qualquer um que fosse prestar Medicina, Engenharia ou outro curso concorrido, ficaria nervoso e teria seu estômago embrulhado pela minha risada. Mal sabiam que eu prestaria Letras!

A prova estava... Ou estupidamente fácil, ou eu estava muito preparada mesmo. Parecia um ENEM. Não que minha nota tivesse sido alta, não foi. Eu ficaria contente com qualquer nota acima de 50. Assim que saí da prova e contei os pontos, confesso que fiquei um pouco decepcionada. Tinha passado com certeza para a segunda fase, mas queria ter ido melhor. Enfim, com as contas (vestibulando só sabe fazer contagem de pontos, regra de três, etc.), ela subia bastante com o ENEM. Eu estava sossegada.

Bora estudar para a segunda fase! Ah, claro que antes de mais nada... Segunda-feira, cursinho, todos tensos, sem contatos visuais e pensando em conjunto: Será que pergunto quanto ele(a) tirou?

Dezembro. Um mês para estudar tudo aquilo que eu negligenciei ao longo do ano: Português, História, Geografia. Geografia eu fazia com o maior prazer, adoro essa matéria. História eu fazia à muito custo, não tinha saco, não sabia responder, um porre. E Português... Bom, amo mesmo, mas algo me bloqueava. Eu não havia feito redações (zerei ela no vestibular da Cásper, o que me traumatizou de verdade), literatura não é bem meu forte, mal consig relacionar obras com seus autores. E confesso que não li nenhum livro da leitura obrigatória, só assisti às palestras que o cursinho oferecia, para a Fuvest era o suficiente, e foi.

A segunda fase foi tranquilo. Português estava incrivelmente fácil e a redação também. História eu fui como achei que iria: Mal. Geografia fez jus à fama, complicada a prova, não fui tão bem quanto eu esperava. Mas depois de um mês agonizando, veio a recompensa.

Passei.

Meu ano de 2006 só acabou quando veio o resultado. Estou agora matriculada, esperando ansiosamente para meu curso começar (segunda-feira que vem).

Até a próxima!

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Admirável blog novo

Pois é....

É incrível como não consigo manter um blog. Este deve ser meu... Sexto? Quem sabe mais... Contudo, isto não significa que este acabará tão cedo. Dou um prazo de 5 anos no mínimo, pois é o tempo necessário para acabar a faculdade... Isso me lembra, ainda não me apresentei.

Prazer, sou Panda.

Deixo para explicar o apelido noutro dia. Por enquanto, vamos aos duros fatos:

18 anos, um tanto sedentária, glutona, pecadora, "commited" (diria o Orkut), aspirante a nerd, nikkei, caçula, escorpianina, míope, tatuada e "piercingzada", porra louca e santa quando me convém.

Mencionei a faculdade... Bom, este ano, ingressei no curso de Letras da Universidade de São Paulo (USP), depois de um ano estudando bastante, sem ir a uma baladinha sequer, fazendo o que deveria fazer sem arrependimentos. Claro que nesse meio tempo namorei, desnamorei, fiquei, e em novembro, voltei a namorar.
Enfim! Sobrevivi a maldita Fuvest, estou matriculada na USP e sabe-se lá o que vai ser de mim agora.

Este blog servirá de arquivo não-tão-detalhado dessa nova vida de universiotária.

Desejem-me boa sorte, pelamordedeus.