Professor: Koichi Mori - O cara mais cute do planeta. Um daqueles bichinhos esquisitos e exóticos que você quer ter em casa, mas o Ibama não permite.
Estou na metade do meu trabalho sobre o Budismo do período Yamato até o período Nara. Antes de sequer lembrar que este trabalho tinha de ser feito, fiquei sabendo que o tema que escolhi é o mais popular. Óbvio, acredito que pelas inúmeras fontes a serem chupinhadas. Mas não liguei. Quando ele passou os temas, resolvi fazer dele mesmo. Achei que seria uma oportunidade legal de conhecer mais sobre a minha própria religião, ainda que eu não "siga" ela à risca.
Budismo é legal (que comentário ignorante). Mas isso é fato. Não gosto, no entanto, de chamá-lo de religião... Nem de filosofia. Ele é ele e, assim como a Floresta Amazônica, sobrevive por si só. Pra mim, pelo menos... E acho que no fim, não tem problema em falar desse jeito, já que cada um interpreta tudo do seu jeito.
A pesquisa em si é mais histórica (Budismo no Japão), não quer saber dos sutras nem nada disso, mas eu caí em muitos lugares que falavam disso, é claro, mas eles eram bem legais. Alguns bem toscos e místicos, bem fúteis, mas enfim... Em um desses, não lembro qual, encontrei esta citação de Buda:
"A ignorância é o mal soberano de que decorrem o sofrimento e a miséria humana. O conhecimento é o principal meio para se adquirir a elevação da vida material e espiritual"Fiquei pensando em todas as conversas que tive com a Arnaldo, sobre a minha dicotomia ignorância/conhecimento. Digo minha porque luto comigo mesma há muito tempo, quebrando a cabeça para, no fim, chegar a uma conclusão diferente em cada discussão. Ora aceito que o conhecimento é bom mesmo, ora prefiro aceitar a ignorância por ser mais fácil. Tem alguns textos meus surtando, aqui no blog, por causa de tudo isso, sob diversos pontos de vista e diversas motivações para chegar neste assunto.
Bom, vamos colocar em um exemplo, para ficar mais fácil. Antes devo lembrar aqui que ele pode ser uma exceção e eu ainda não cheguei de fato a uma conclusão sobre o que é melhor (mentira, cheguei sim, mas vai que eu mudo de idéia, melhor jogar verde).
Estou lá, eu, feliz da vida mesmo, depois de ter passados quase três dias com o Arnaldo, só com ele, como nas férias - Ah! Que período gostoso... Vou para minha casa e ele para a rodoviária (Campinas, depois Jacutinga com a galera do Otakamp), chego aqui, tomo banho, arrumo minhas coisas para começar o trabalho de cultura japonesa e ligo o computador. Pronto, comecei mal... Sim, eu preciso dele para fazer o trabalho, mas a internet... A internet é foda.
Bom, chega de enrolar, a
questã é que
eu gosto de olhar posts antigos de flogs e comecei a fazer isso. Até aí, sussa. Faço isso com meu próprio flog, é bom ver o quanto mudei. Mas eu fuço em flogs para obter informações que não tenho cara ou coragem para fazer de verdade. Eu estava me achando bem ridícula e idiota, então resolvi desabafar isso para o Thi, irmão querido, que me ajudou bastante. Uma das mil coisas sábias que ele me falou foi que eu poderia encontrar algo que eu não gostaria de saber -
Aí vem a parte que ser ignorante é bom, mas eu continuei fuçando, porque minha curiosidade falou mais alto... e eu cheguei aonde queria chegar. A informação que eu queria... Então
ter conhecimento de tudo aquilo, mesmo que por meios escrotos, valeu a pena. Entende? Soube de muita coisa que eu não queria até chegar naquela parte.
E no fim, e é sobre isto que eu quero falar, toda essa explicação foi só uma maneira de tentar encontrar uma razão para toda a besteira que eu fiz e ficar bem comigo mesma (Há! Fiz comigo o que eu fiz com o Arnaldo ontem). E no fim, no fim meeesmo, não dá para ter certeza de nada, só temos a certeza de que nós estamos em constante mudança, então não devemos nos basear somente no passado.
Será que é só isso?