quinta-feira, 16 de outubro de 2008

For the first time...

Do dia 1º de outubro até ontem, dia 15 de outubro, eu fiquei triste pela primeira vez.

Deprimida péssima, horrível.

Senti coisas, pensei outras, quis morrer, quis procurar psicólogo, tudo escapou do meu conceito de normal e eu entrei em pânico. Depois de uma crise de estresse relativamente forte (para quem nunca tinha tido, só tive surtos de raiva ou coisa do tipo), fiquei deprimida por duas semanas. Foi tão estranho que para mim só tinha passado uns 4 dias que eu estava assim. Foi difícil assimilar o que estava acontecendo e foi mais difícil me tocar que eu estava mal por motivo nenhum.

Foi estranho ver meus amigos, minha faculdade, meu namorado e não sentir carinho, apego ou qualquer relação de afeto, por eles. Eu dava algumas risadas e um segundo depois eu pensava: tá, e daí? Uma apatia sem limites que nunca tinha visto na minha VIDA. Pensei até que estava com depressão. Foi duro não sucumbir ao pessimismo imediato que dizia: nada existiu de verdade. Tem noção?

E hoje, com a ajuda do Arnaldo, eu consegui me tocar que existiu sim, eu só não conseguia sentir.
Hoje também me deu uma dor de estômago por estresse, to achando que eu sou candidata à gastrite nervosa bem crítica se eu não tomar cuidado.

Sei que tudo voltou ao "normal" porque consigo falar: Estou feliz por ter ficado triste pela primeira vez. Mesmo que não tenha tido nenhum motivo em especial, só o estresse se manifestando, fico feliz em saber que sou como qualquer ser humano que fica deprimido e não um robô sempre-alegre que eu tinha sérios medos de ser.

Àqueles que ficaram preocupados, desculpe.
Entrei em pânico (será que foi síndrome do pânico? rs) e não consegui controlar minhas reações. Não sabia lidar com isso, quem sabe da próxima vez, se é que isso vai acontecer, ou das próximas vezes, porque agora que começou...

Beijos.

4 comentários:

Paulo disse...

fico feliz que realmente passou e vc constatou o q a gnt já sabia: tdo foi verdade sim, vc se relaciona c/ as pessoas sim e vc é foda e vc é do caralho e eu te amo e é por isso q vc ñ precisa agradecer o carinho, a atenção, a preocupação, etc e etc, pq vc merece tudo isso e mto mais por tdo q vc já fez por mim.
;***

Ricardo Alves disse...

Você não é um robô! q? Só é levemente japonesa! Hehe. E eu tou atrasado no comentário, mas o lance é que: mesmo as coisas mais íntimas e internas e nossas as vezes se parecem as mais externas, mais estranhas à nós. Isso deve ser necessário, pra existir o contraste, pra existir a antítese da tese, e constituir a síntese. Colocando em miúds, se pá tudo deve mesmo parecer estranho pra você, e você rir e não ver sentido, e não se relacionar com seus queridos, simplesmente pra quando você rir de novo, e se relacionar e sentir carinho, tudo te invadir como coisa nova, e ser mais sobre você doque nunca, afinal, qualquer momento de dúvida(não sei se é a melhor palavra) traz logo em seguida a afirmação, no seu caso positiva!
Fica bem, você é uma japinha bem viva, e na tristeza ou na felicidade eu vou gostar de você!
He, viajei horrores! Beijos. Richie.

Petê Rissatti disse...

Faz parte do se conhecer... quando tudo é muito bom, fica difícil acreditar. Estou certo que você não vai amargar, mas precisa ter seus momentos, não é mesmo?
E tudo ao mesmo tempo agora (trabalho, USP, namoro, casa, comida, roupa lavada... rs) sempre estressa, hora mais, hora menos.

Beijos

Arthur Miranda disse...

Fico feliz que você tenha ficado triste pela primeira vez. Não que eu seja algum tipo de sádico ou frust, mas é que acho que é realmente importante saber como é cada emoção que somos capazes de sentir.

Acima de tudo, eu sei qu, por mais que vc tenha se sentido deprimida, eu confiaria sempre no seu bom humor, que cativa a todos e tudo.

às vezes o apertodanado é necessário.

um beijaço, pandjeenha